Olá meu blog, sei que você me serve como um diário...
Quando eu era criança e tinha aqueles caderninhos coloridos com desenhos de bichinhos em marca
d'água com cheirinho de talco eu começava a escrever, perdendo-me em quem eu era, derramando meu eu nas tênues linhas,
Depois largava mão...
Hoje estou aqui com o mesmo péssimo hábito...
Mas é bom nos vermos só de vez em quando como um affair.
Novamente nos encontramos.
Como no último encontro, vejo que eu sempre estou mudando e o que eu era já se foi.
Você, imutável, continua a existir do mesmo jeito, apesar de um tanto modernizado, e a me mostrar de onde vim...
Ah, meu amante sazonal, só para você confessarei as melhores de minhas palavras que amanhã não mais serão tão verdadeiras e nem lembrarei que você existe por um tempo...
Confesso meu gozo de hoje, com um outro amante...
Talvez você me perdoe...
Esse me dá energia como de criança, me esquenta e faz meu coração explodir, ao mesmo tempo que me entrego a ele quase em sofrimento, mas vou até o fim...
Depois, recobrada do êxtase, tenho vontade de procurar você...
E contar quem sou hoje e que amanhã não serei mais
Hoje sou apaixonada...
Mas confesso: colocar minha confortável e macia silhueta entregue aos braços desse avassalador tem me feito bem... será necessário amá-lo.
Tenho medo que pareça uma dependência, mas aos poucos espero saber dosar a euforia com o contentamento e seguir calma minha caminhada...
Mas com você, querido diário, terei a chance de estar sempre, mesmo que nunca lembre que você exista, e quando revê-lo, vou lembrar de hoje, de minha meninice deslumbrada com o novo.
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